terça-feira, maio 13, 2008

As tabernas

Hoje quero-vos falar das verdadeiras tabernas portuguesas.
Existe algures perto do sítio onde trabalho uma daquelas tabernas à Tuga.
Daquelas onde assim que entramos sentimos logo aquele cheiro a fritos, os famosos pasteis de bacalhau. Claro que misturados com o cheiro a cozido, ovos cozidos em cima de uma bancada, carregada de pacotes de vinho de 5o l.
Temos o tinto, o branco e o Rose, para que os clientes não tenham hipótese alguma de renuncia.
E acreditem meus amigos, que são muitos. Em dez minutos (tempo que levo a pedir, tomar e pagar o meu café (e já estou a ser generoso)), conto uma data "deles", agarrados ao copo de três.
Misturado com pastilhas elásticas está toda uma contabilidade, um amontoado de papeis espetados num prego tamanho gigante. Penso que em cima daquela bancada vale tudo.
Por lá encontramos, um corta unhas, uma tesoura, algumas dez "minis" brancas, outras pretas, mais pastilhas, todos os tipos de colheres, isqueiros, etc.
Parece aquelas lojas de conveniências das aldeias, tem tudo.
Resta-me dizer que o café que lá bebo, quase diariamente é óptimo.
Os senhores que lá trabalham lá vão espalhando simpatia de acordo com a sua educação, a verdade é que são genuínos, não se prendem a falsas modéstias ou a hipocrisias do tipo "sim senhor doutor". Dão-nos o que pedimos e pronto.
Outro factor a ter em conta, é barato.
Por mim e tirando alguns exageros em termos de alguma "falta" de higiene, aprovo com satisfação as tabernas portuguesas.
Um outro pormenor que ia passando, quase todos têm a unha do dedo mindinho grande, quer taberneiro, quer alguns clientes, deve ser uma forma de afirmação desta realidade urbana.
Bem hajam...

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