(imagem carinhosamente roubada de ideias canhotas)
Por mim, não faço qualquer reparo a isso.
Se necessário, consulte-se o povo, para determinar tais implicações.
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Como devem ter reparado, falo do referendo que está a agitar a sociedade portuguesa.
Os mais atentos à minha pessoa sabem que quando for votar, colocarei a minha cruz no SIM.
Não, que entenda o aborto como meio contraceptivo. Não isso não. As responsabilidades devem estar patentes em cada ser humano.
Não, que concorde com a canalização dos dinheiros dos contribuintes para pagar os azares de algumas mulheres, que engravidam em alturas em que não lhes dá jeito nenhum.
Não, que concorde que por “dá cá aquela palha”, se corra para os hospitais para fazer um aborto, como se tratasse de uma gripe, ou mesmo uma apendicite.
O meu voto SIM, prende-se com grandezas maiores.
A primeira, é o combate à hipocrisia.
Pois eu realmente vejo que existe uma vida, só que ainda não nasceu.
Mas continuar a concordar com esta hipocrisia será matar premeditadamente.
A segunda é a verdadeira liberdade de cada mulher (caso exista companheiro, este terá de concordar) optar por acolher uma vida ou não.
Nem todas as pessoas estão preparadas para esse acolhimento.
Entendo que o direito de escolha sobre essas matérias deverá pertencer a cada um.
Qual de nós não teve já um susto desse género, qual de nós em determinadas alturas da vida não se sentia completamente impossibilitado de ter um filho.
Não queria entrar por argumentos da chamada vida miserável, mas ver crianças nos caixotes do lixo, só porque as mães sãos umas estouvadas da cabeça, ou mesmo assassinatos de bebés de um e dois meses, poderão ser evitados logo, logo antes da nascença.
Vejo slogans do tipo “Salvar uma criança é sempre salvar a mãe” e penso seriamente no seguinte, Salvar uma criança em determinadas situações não será condenar uma criança e uma mãe ???? (e família ao redor).
Ter filhos não é só fazê-los e tê-los. Ter filhos é muito mais do que isso...
Votar SIM para além de um acto de coragem é um acto de humanidade.
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De todas as vezes que a minha senadora ficou grávida optámos por ter as crianças.
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