quarta-feira, janeiro 17, 2007

Sorte ou azar...

No outro dia vi um filme (que gostei) que falava na sua essência do facto de termos ou não sorte.
Naturalmente o único neurónio que tenho começou a trabalhar.
Na verdade não interessa o quão competentes somos, a desempenhar qualquer tarefa. O factor sorte é sempre mais significativo para o sucesso que qualquer outro.
Senão vejamos.
Que nos interessa sermos uns professores empenhados, profissionais (falo desta profissão, mas poderia falar de uma outra qualquer), com altos graus de dedicação, etc. Se os ordenados continuam congelados, se a progressão na carreira é feita a conta gotas, se as regras do jogo mudam consoante os governos, ou mesmo consoante os ministros de cada governo.
Reparem, se por acaso o 1.º ministro tivesse uma filha e essa menina se apaixonasse loucamente por mim, e eu até visse um interesse nisso, rapidamente ganharia um lugar de destaque no ministério da educação, com um gabinete com vista para o Tejo, a coordenar uns quantos colegas e a desempenhar um serviço de alta responsabilidade, onde os assuntos mais importantes seriam resolvidos à mesa num restaurante pago pelo ministério.
Não é assim que as coisas se resolvem neste país???
Os grandes responsáveis pelos assuntos, quando querem resolvê-los, vão almoçar com os outros responsáveis.
E regando e comendo lá vão tendo umas quantas ideias brilhantes.
Ora eu quando quero resolver algo, vou para a escola. E quanto ao almoço. Tenho duas hipóteses: ou levo uma marmita e partilho ou vou a casa.

1 comentário:

Artur Coelho disse...

Hmm... na remota eventualidade de alguma filha (ou filho, meu caro, tempos modernos!) de ministro se apaixonar pela tua humilde pessoa, fico curioso: sabendo que o nosso inefável secretário gosta que lhe chamem de vává, como é que seria o teu diminuitivo amoroso? Algo a repetir o vocábulo tu?