(imagem carinhosamente roubada de ideias canhotas)
Dizem os entendidos que é necessário legislar sobre tudo e mais alguma coisa.
Por mim, não faço qualquer reparo a isso.
Se necessário, consulte-se o povo, para determinar tais implicações.
...
Como devem ter reparado, falo do referendo que está a agitar a sociedade portuguesa.
Os mais atentos à minha pessoa sabem que quando for votar, colocarei a minha cruz no SIM.
Não, que entenda o aborto como meio contraceptivo. Não isso não. As responsabilidades devem estar patentes em cada ser humano.
Não, que concorde com a canalização dos dinheiros dos contribuintes para pagar os azares de algumas mulheres, que engravidam em alturas em que não lhes dá jeito nenhum.
Não, que concorde que por “dá cá aquela palha”, se corra para os hospitais para fazer um aborto, como se tratasse de uma gripe, ou mesmo uma apendicite.
O meu voto SIM, prende-se com grandezas maiores.
A primeira, é o combate à hipocrisia.
Por mim, não faço qualquer reparo a isso.
Se necessário, consulte-se o povo, para determinar tais implicações.
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Como devem ter reparado, falo do referendo que está a agitar a sociedade portuguesa.
Os mais atentos à minha pessoa sabem que quando for votar, colocarei a minha cruz no SIM.
Não, que entenda o aborto como meio contraceptivo. Não isso não. As responsabilidades devem estar patentes em cada ser humano.
Não, que concorde com a canalização dos dinheiros dos contribuintes para pagar os azares de algumas mulheres, que engravidam em alturas em que não lhes dá jeito nenhum.
Não, que concorde que por “dá cá aquela palha”, se corra para os hospitais para fazer um aborto, como se tratasse de uma gripe, ou mesmo uma apendicite.
O meu voto SIM, prende-se com grandezas maiores.
A primeira, é o combate à hipocrisia.
Toda a vida se fez abortos em Portugal, todos os dias, são feitos clandestinamente, todos os dias centenas de mulheres passam por essa experiência (que deve ser angustiante), sem qualquer consciência que se estão a entregar a uns azeiteiros ou azeiteiras, que com uns chás e espátulas, arrancam uma vida podendo ceifar outra (a da mãe).
Pois eu realmente vejo que existe uma vida, só que ainda não nasceu.
Mas continuar a concordar com esta hipocrisia será matar premeditadamente.
A segunda é a verdadeira liberdade de cada mulher (caso exista companheiro, este terá de concordar) optar por acolher uma vida ou não.
Nem todas as pessoas estão preparadas para esse acolhimento.
Pois eu realmente vejo que existe uma vida, só que ainda não nasceu.
Mas continuar a concordar com esta hipocrisia será matar premeditadamente.
A segunda é a verdadeira liberdade de cada mulher (caso exista companheiro, este terá de concordar) optar por acolher uma vida ou não.
Nem todas as pessoas estão preparadas para esse acolhimento.
Entendo que praticamente todos nós temos capacidade de colocar seres neste mundo, mas nem todos temos a capacidade de lhes proporcionar uma vida digna.
Entendo que o direito de escolha sobre essas matérias deverá pertencer a cada um.
Entendo que o direito de escolha sobre essas matérias deverá pertencer a cada um.
E não entro pelo argumento fácil da contracepção, do tipo: pois, pois, tivesses cuidado que já não engravidavas...
Qual de nós não teve já um susto desse género, qual de nós em determinadas alturas da vida não se sentia completamente impossibilitado de ter um filho.
Não queria entrar por argumentos da chamada vida miserável, mas ver crianças nos caixotes do lixo, só porque as mães sãos umas estouvadas da cabeça, ou mesmo assassinatos de bebés de um e dois meses, poderão ser evitados logo, logo antes da nascença.
Vejo slogans do tipo “Salvar uma criança é sempre salvar a mãe” e penso seriamente no seguinte, Salvar uma criança em determinadas situações não será condenar uma criança e uma mãe ???? (e família ao redor).
Ter filhos não é só fazê-los e tê-los. Ter filhos é muito mais do que isso...
Votar SIM para além de um acto de coragem é um acto de humanidade.
...
De todas as vezes que a minha senadora ficou grávida optámos por ter as crianças.
Qual de nós não teve já um susto desse género, qual de nós em determinadas alturas da vida não se sentia completamente impossibilitado de ter um filho.
Não queria entrar por argumentos da chamada vida miserável, mas ver crianças nos caixotes do lixo, só porque as mães sãos umas estouvadas da cabeça, ou mesmo assassinatos de bebés de um e dois meses, poderão ser evitados logo, logo antes da nascença.
Vejo slogans do tipo “Salvar uma criança é sempre salvar a mãe” e penso seriamente no seguinte, Salvar uma criança em determinadas situações não será condenar uma criança e uma mãe ???? (e família ao redor).
Ter filhos não é só fazê-los e tê-los. Ter filhos é muito mais do que isso...
Votar SIM para além de um acto de coragem é um acto de humanidade.
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De todas as vezes que a minha senadora ficou grávida optámos por ter as crianças.
Hoje lá em casa somos cinco. Agora imaginem mais uma criança com um orçamento familiar de dois professores (e nós até não estamos nada ..., se compararmos com outras realidades familiares).
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5 comentários:
concordo com tudo.... mas esta frase:
"Não, que concorde com a canalização dos dinheiros dos contribuintes para pagar os azares de algumas mulheres, que engravidam em alturas em que não lhes dá jeito nenhum."
é que era desnecessária. Primeiro porque não é uma questão que se possa ver do ponto de vista monetário. Por exemplo, eu tb não vou ver jogos de futebol e esses foram construídos com o dinheiro dos contribuintes.
E se as mulheres engravidam em alturas que não lhes dá jeito... não engravidam sózinhas. E infelizmente não podem fugir (como muitos pais fazem) só porque não lhes dá jeito.
Claro que eu vou votar sim... mas era bom que os protagonistas desta história não fossem apenas as mulheres.
Parabéns pelo texto, pela coragem das palavras! Concordo a 100%! E gostei do 1º comentário quanto aos jogos de futebol ;-)
Ora aqui está um comentário diferente. Estes sim... ajudam a esclarecer e a decidir. Parabéns!
PS - "Hoje lá em casa somos cinco. Agora imaginem mais uma criança (...)"
Deveria sempre ser seguido o mandamento do deputado João Morgado, do CDS... "Não actuarás sexualmente sem o fim explicito de germinar rebentos!"
Que falta faz a Natália nesta campanha...
"Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o orgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado."
NATÁLIA CORREIA
lol foto bem concebida por Jovens pelo SIM e carinhosamente deixada roubar lol
SIM, claro!
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