terça-feira, dezembro 06, 2005

Ler e escrever

Digamos que escrever é um acto de inteligência. Escrever bem e com clareza é ainda melhor.
Termos quem leia o que escrevemos é ainda melhor.
Esta será a ideia principal desta postagem.

Vou falar pois então de escrita e de saber escrever.

Não tenho a pretensão de escrever bem. Não me idealizo como escritor, ou coisa que o valha...mas gosto de escrever umas coisinhas.

Vejo, quando visito, por uma necessidade gastronómica, as grandes superfícies comerciais, aquelas montanhas de livros de novos escritores e de outros bem mais antigos e com nome na praça.

Como já o disse em outros textos, os livros em mim têm um efeito relâmpago, ou gosto ou odeio. Quando gosto devoro, quando não gosto esqueço-me de ler, arranjo sempre outras coisas para fazer...mas como tenho um feitio teimoso, acabo sempre por acabar os livros, mesmo que demore meses.

Detesto ver e ouvir os ditos intelectuais a falarem sobre as obras. Dizem que são obras primas e de outros chamam-lhes leituras banais. Não respeitando quem as escreve, generalizam, falam em nome de um vértice social, sem pudor ou regra, metem todos no mesmo saco.

Deveriam ser mais humildes, pois essas pessoas que escrevem, ao menos fazem-no com um propósito, os ditos críticos literários apenas se limitam a escrever na horizontal sobre o que outros com mais inspiração escreveram, uns criam ou outros destroem.

Eu apenas penso, se gosto devoro se não gosto, levo mais tempo a ler.

2 comentários:

reikiana disse...

é o que é mais fácil: criticar. Elogios ouvem-se poucos...mas para criticar está tudo pronto!

Artur Coelho disse...

as críticas bem feitas é que são difíceis. Elogiar o que por vezes não é elogiável é impossível; dizer mal porque a ideia não se enquadra no ideário da moda é o mais habitual, a moeda corrente na crítica literária portuguesa.