sexta-feira, dezembro 02, 2005

Viva as obras...

Os homens das obras...

Não tenho vontade de rir...
No outro dia, com algumas dores de cabeça, motivadas por algum grau de álcool a mais (implicações de uma noite muito bem passada), entrei num café, muito conhecido pela classe docente desta terra (dizem que o mar é mais azul, mas ultimamente tem andado um tanto ou quanto castanho).

Observei que estava minado por pessoas, que pelo aspecto deveriam trabalhar nas obras, ou então passavam muito tempo a observa-las, pois o cheiro, a quantidade de bedum agarrados às típicas botas de atanado, assim o indicavam.

Mas, como dizia eu, entrei, desloquei-me ao balcão e pedi um café.

Segundos depois, enquanto eu ingeria aquele tão precioso café após o almoço. Entraram duas simpáticas senhoras, com umas idades compreendidas entre os 30 e qualquer coisa. Com os seus cheiros activos, de perfumes de ultima geração. Com umas roupas fantásticas a gritarem “estamos na moda”, e com um ar do mais sedutor e arriscado possível.

Está claro que o café transformou-se imediatamente. As conversas ao redor da falta que o Liedson faz ao Sporting terminou tão rápido, quanto um combate do Vader com o Conde Dooku (episódio III, o tipo fica sem a molheirinha). O silencio foi imediato.

O ar de sedução começou por ficar assim parecido com o dos coelhinhos que fazem a publicidade das pilhas durecel.

As duas simpáticas e observadas senhoras aproximaram-se do balcão. Com umas musicas de fundo, assim: “és tão boa”, “foda-se que são boas”, “dava-te tudo e um par de botas”, “anda cá ao pai que logo levas”, entre outros piropos muito bem achados no baú dos mete nojo...

Sim, são uns mete nojo.

A minha senadora também vai ao tal dito café, e mete aquelas simpáticas senhoras a um canto.

Ela também houve estas merdas.

Fiquei com uma vontade de começar no primeiro da sala e terminar no último, e a contar pelas cabeças só deveria terminar lá para as 18:00 horas.

Vader Turmentus queria cortar-lhes a cabeça tal conde Dooku, mas...tinha deixado o sabre em casa.

Quanto às senhoras, bem meteram aquele ar vamp entre as dúzias de piropos que ouviram, tomaram o café e ... deixaram de sorrir.

1 comentário:

Artur Coelho disse...

É por isso que eu invejo os homens das obras. trabalham ao ar livre, nada de salas de aula húmidas nem de gabinetes escanzelados, fazem exercício a carregar baldes de massa e barrotes de madeira, e ainda podem elogiar impunemente qualquer criatura do sexo feminino que passe sob os seus olhos.

E se calhar ganham mais do que nós...