Eu fiz asneira...

Hoje atirei um fósforo para o chão.

Foi um daqueles actos sem jeito nenhum.

O episódio começa assim:

Após ter colocado o meu princepezinho na escola, dirigi-me como sempre para o boteco mais próximo, para tomar a minha primeira dose diária de cafeína.

Tomei a dose e quando me preparava para sair e acender um dos meus outros vícios, reparei que não tinha isqueiro. Voltei para o boteco e pedi lume. A simpática senhora, amavelmente dirigiu-se à copa e trouxe-me uma grande caixa de fósforos. Como manda a etiqueta, acendi o cigarro no exterior e entreguei-lhe a caixa e fui ao meu destino. Numa mão o cigarro, na outra um fósforo.

Para quem não saiba, quando acendemos um cigarro com um fósforo acabado de acender, a primeira baforada é simplesmente horrível.

Numa atitude de repulsa, de náusea, de concreto conflito com o fósforo, pois deu-me um sabor ao cigarro nojento (como se os cigarros tivessem bom sabor???), atirei-o para o chão.

No caminho ao meu destino escolar, só pensava, oh minha besta tu atiraste um fósforo para o chão...custava-te muito procurar um caixote de lixo...

Segundos mais tarde pensei, estarei eu a tornar-me igual a muitos outros, ou seja qualquer dia também atiro os papeis e todos os lixos que acumulamos no carro pela janela fora, ou mando as beatas e cinza acumuladas no cinzeiro do automóvel pela janela, em pleno andamento, formando assim uma valente nuvem de esterco atrás de mim, ou na pior das hipóteses mando uma valente cuspidela para o chão.

Estarei a ficar senil ????

Gaita, agora só me apetece ir à procura do maldito fósforo e coloca-lo no devido sítio.

Perdoem-me, prometo que não volto a fazer... (já pareço um dos príncipes).