quarta-feira, janeiro 18, 2006

Eu e os canídeos...


Hoje ouvi o Nuno M. na antena 3.
Falava sobre o problema que é ter em casa duas cadelas e um cão. As cadelinhas do senhor entraram na fase do cio e o senhor está a considerar-se um empata...
A solução para este problema não é muito complexa. Passa por uma atitude firme e pragmática, ou seja, ou se livra das cadelas, ou se livra do cão, ou então elimina a possibilidade de reprodução, ou no macho ou nas fêmeas (através de processos clínicos).
Esta pequena história remete-me para um problema do século vinte e um, ou seja, dada a possibilidade de todas as pessoas viverem em espaços urbanos, pois os espaços verdes cada vez são menos, a humanidade quer em betão ter as mesmas possibilidades que tinha quando vivia nos ditos espaços verdes, e como tal a procura por animais para além de moda tornou-se uma necessidade imperial. A contar pelos milhares de animais de estimação que as pessoas teimam em colocar dentro de casa, quase que afirmo, que a espécime canídeos entrará muito recentemente em fase de mutação, ou seja, aquelas bexigas ganharão seguramente dimensões enormes, para conseguirem armazenar tanta urina, enquanto esperam os seus queridos donos, que saem às 7:00 horas e regressam às 19:00 horas.

Os cães e cadelas de casa são uns heróis. Reparem que só causam estragos nos primeiros meses de vida, após isso, torna-se normal ter as portas arranhadas, os chinelos roídos, os brinquedos dos putos destruídos, as paredes sujas, pêlos por todos os lados, isto para não falar nas malditas pulgas, ou no famoso cheiro a canídeo.

Tudo isto em prol dos cães. Claro que na rua, a saltarem, a brincarem com ervas e outros espécimes verdes, a correrem atrás dos carros, e porque não a darem umas quecas livres (sem terem o dono a dizer: na não...), não seriam tão felizes como dentro de quatro paredes...
Desculpa Nina...

1 comentário:

Artur Coelho disse...

sofremos todos do mesmo mal... mas, em descarga de consciência, pelo menos não adquirimos bibelots peludos que mal crescem se vêm abandonados numa estrada qualquer perdida no meio do mato...