Vamos lá ver o que sai hoje desta mente brilhante.
Vou falar de uma coisa que me preocupa.
Olhando para a minha classe profissional e também para os outros simples mortais, reparo que as pessoas têm medo de pronunciar determinadas palavras. Tais como cego, preto, surdo, chinês, mulato, etc…
Por uma questão social, penso que as pessoas evitam pronunciar estas palavras com medo de serem mal interpretadas, ou seja, têm medo que lhes chamem o que realmente são.
Ora vejamos, uma pessoa que tem medo de dizer preto e prefere dizer negro, seguramente é racista, pois a palavra nada tem de ofensivo, é nada mais uma palavra que distingue o preto do branco, um antónimo, só isso…
Uma pessoa que prefere dizer invisual, terá possivelmente aquela política do coitadinho em mente quando fala de cegos, pois no meu entender a palavra cego nada tem de ofensivo, apenas determina uma limitação que deve ser respeitada, não camuflada.
Este fim de semana estive entre alguns dos meus pares, numa formação, e praticamente todos diziam invisual e não cego, negro ao invés de preto, chegaram inclusive a sugerirem dicas para o meu discurso, do tipo: o colega não deve dizer preto, diga antes negro…
Quando perguntei porquê. – “Parece mal”. Ora bolas não devemos chamar as coisas pelos nomes só porque parece mal.
Os preconceitos existentes nas pessoas conseguem fazer coisas incríveis. Noto grandes evoluções em termos de mentalidade quando oiço os meus pares a dizer negro, em vez de preto, invisual em vez de cego, etc…a mentalidade está a ficar muito melhor com estas novas nomenclaturas, a evolução, o pensamento livre e aberto está a crescer a olhos vistos.
Um preto não é preto, é um negro.
Um cego não é cego, é um invisual.
Um chinês não é um chinês, é um asiático.
Para mim um preto é preto, um cego é cego, um gajo porreiro é um gajo porreiro e um chinês é um Chop Soy.
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Postado por Miguel Termentina às 10:26 da manhã
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1 comentário:
Hoje estás numa onda decididamente anti-politicamente correctismos...
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